sexta-feira, 24 de junho de 2011

marioneta..

Não me faças mudar de ideias, não faças nada mesmo, fica ai no teu canto, a dizer o que quiseres, a gritar o que te apetecer ao telefone, grita o mais alto que puderes, imagina que te estou a ouvir a deixa tudo sair cá para fora, porque enquanto tu estás no teu mundo, eu estou aqui sentado no café, a escrever, era capaz de escrever durante anos e anos, até a pele dos meus dedos, cair, até fazer desaparecer a ponta da caneta de tão gasta que iria ficar, mas infelizmente não sei dizer como este texto vai acabar, não sei o que dizer, o que fazer, simplesmente, seguro a caneta, e é como se esta escrevesse sozinha, como se tivesse cérebro próprio, e quisesse escrever sobre a minha dor, sobre a estupidez que o ser humano tem de se apaixonar.
Isto não é que eu pretendia, isto não estava nos meus planos, e agora estou a precisar de ti outra vez, preciso que te lembres de mim esta noite, preciso que te lembres como eu conseguia respirar junto a ti, como eu te segurava, como eu me apaixonava por ti novamente todas as noites, eu sempre te prometi que não iríamos cair, que o que nós tínhamos era mais forte que tudo, era simplesmente indestrutível, preciso da tua respiração, de sentir o batimento do teu coração, preciso de sentir o teu toque, e de sentir a palma da tua mão na minha, sinto um vazio nas minhas mãos, exactamente onde as tuas encaixavam, e nisto tudo, a minha cabeça simplesmente cai, em cima da mesa, e eu fico la deitado, a sentir a falta de tudo o que me importante.
Eu vi a noite tornar-se branca, e o silencio não e assim tão mau, até olhar para o céu e ver a minha imagem triste, reflectida no branco, pensei em ti de cada vez que pestanejei, de cada vez que respirei, e de cada vez que olhei para o céu, vendo o meu reflexo sem o teu, como se eu estivesse a ver-me num lago, um lago negro, cheio de escuridão, cheio de imagens nossas, memórias de um passado morto.
E eu imagino-te a tentar dizer-me que precisas de mim, a dizer tudo o que sempre quiseste dizer-me,mas não preciso de sonhar mais, acordas-te-me com a dor que me causaste, já estou farto de ser a tua marioneta, ser aquele boneco que tu controlas, estou farto de ser o palhaço de quem tu ris, e de quem tu gozas, estou farto de te ouvir mentir-me, e, estou feliz por termos morrido, porque as nossas memórias nunca estiveram sequer vivas, nem os meus sentimentos por ti..

quinta-feira, 23 de junho de 2011

o toque de um ser humano..

O céu está escuro, e enquanto estou aqui encostado a varanda, olho para a escuridão que se abate sobre mim, desde o céu negro, e enquanto olho para cima, fico sem nada no pensamento, não consigo pensar em nada concreto, apenas vislumbres de algo que eu vejo ao horizonte, miragens de alguém, mas agora que vejo bem, eu nunca tenho nada na cabeça, nunca tenho nada no pensamento, talvez por isso seja-me normal lidar com isto, talvez seja normal para mim ser um vazio de sensações, uma carcaça cheia de nada, como uma parede, fria, imóvel, sem conseguir o toque humano, sem conseguir sentir o vento, é ai que reparo no meu reflexo na janela, e tento sentir o meu toque, mas só consigo sentir frio, duma certa maneira consegui sentir a minha alma naquele toque, senti-me a mim mesmo, como se a janela me tivesse mostrado como eu sou exactamente, a necessidade de sentir, e de ver outro ser humano, que me diga que não estou louco.

Mas esta loucura, e frieza aumenta cada vez mais, e de repente a tua imagem cruza-me o pensamento, sabes perfeitamente, és a única que me faz sentir assim, odeio o que sinto por ti, detesto a necessidade que sinto de te ter aqui, e desprezo o facto de estares longe de mim, e uma vez mais volto para a varanda, a procura de algo que te afaste do meu pensamento, que afaste o teu fantasma da minha memória, passadas duas horas, volto para o meu quarto, vou mudar de roupa, sem ti a fazer brincadeiras com os meus casacos, e sem te ver a olhar por cima do meu ombro enquanto visto a uma t-shirt qualquer, visto-me normalmente, arrumo as minhas coisas, e quando pego na mala e saio de casa, olho para trás e parece que te vejo a dizer-me adeus, e vejo o meu gato a olhar-me de cima abaixo, acho que este bichinho de 4 patas vai ser o único que vai sentir a minha falta, mas o meu tio vai cuidar bem dele, é quando entro no carro que me apercebo que me agarrei a memórias mortas, sem cor, e sem sentido algum por demasiado tempo, eu impedi-me a mim mesmo de viver, e dou por mim com o meu gato a deitar-se no eu colo, como se ele soubesse que me vou embora, mas durante a viagem não consegui olha-lo directamente nos olhos, ele parecia triste, como se algo importante para ele tivesse desaparecido, até que aparentemente ele adormeceu.
Pouco depois cheguei a casa do meu tio, curioso foi o olhar que o meu gato me deu, ele parecia triste, é algo curioso, e estúpido, saber que um animal sente assim a nossa falta, será por causa da comida ou da companhia, ou talvez até dos mimos? talvez eu tivesse o toque de outro ser humano mais perto do que eu imaginava, sem ser preciso a tua companhia, mas já tomei a minha decisão, seria um erro abandonar quem vai de facto sentir saudades minhas, então, pego naquele bichinho peludo, e parto para o aeroporto, começando uma vida nova, sem ti..

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Prazer proibido..

NOTA: O seguinte texto é completamente fictício, nada disto aconteceu realmente e foi pedido por uma amiga minha)

Não conseguia dormir, fui a janela, e lá estava ela, perfeita, com o seu corpo esbelto e lindo, e os seus olhos a brilhar à luz da lua, e fiquei simplesmente a olhar para ela, até que me fartei de ser aquele que observa, sem poder fazer nada, até que de repente, ela reparou em mim, ficou a olhar para mim durante apenas alguns segundos, e depois parou, virou-se e saiu pela porta, deixando-me com o coração aos pulos, e quando finalmente cai em mim outra vez, bateram a porta, mas quando fui abrir, não conseguia acreditar nos meus olhos, era ela, a lindíssima Isabella, mesmo ali, a minha frente, 'obrigado por me convidares a entrar' disse ela enquanto entrava no meu apartamento, com o top branco e os calções justos, ela agarrou-me no braço, e levou-me para o sofá, e depois encostou-se a janela, de costas para mim a olhar sobre o ombro, o seu olhar, era tão sedutor, cheio de luxúria, e desejo, então, eu levantei-me, quase involuntariamente, e fui ter com ela, abracei-a beijando-a no pescoço. Ela afastou-se, virando-se e procurando os meus lábios, beijando devagar, abraçando-me com força. Os braços dela sobre os meus ombros, agarrando a minha camisola, eu acariciava as costas dela por baixo do top, subindo cada vez mais pelo seu corpo enquanto ela respirava no meu pescoço. Continuávamos a nos beijar enquanto ela agarrava o meu cabelo, cada beijo ficando cada vez mais intenso, e mais apaixonado. As minhas mãos percorrendo o corpo dela, puxando-a para mim, à procura de prazer. Tirei-lhe o top, devagar, enquanto ela tirava a minha camisola, sentia o seu corpo contra o meu, as mãos dela nas minhas costas, arranhando. Ela mordia-me o pescoço cada vez com mais força. Ela puxou-me, e atirou-me para o sofá, eu fui-me chegando cada vez mais perto dela, sentindo seu toque, o seu perfume, mordendo os seus lábios, a minha língua sentindo a dela. Eu a puxava para mim com as minhas mãos entre as suas pernas. Voltei a beijá-la intensamente, deitando-me sobre seu corpo, e penetrando gentilmente. E enquanto isso, ela me prendia com os seus braços, me agarrando com cada vez mais força, parecia que me queria com ela para sempre. Nos movíamos ao ritmo da respiração, firmeza, força, mordidelas, beijos intensos, e arranhões. Eu tinha os olhos directamente fixados nos dela, ouvindo cada som de prazer, cada gemido, cada grito. Enfim, uma noite intensa, ainda hoje consigo recordá-la, como se tivesse acontecido ontem.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

cicatrizes..

Esta noite vou para a beira-mar e olhar para o céu, como fazíamos os dois, apenas para lembrar-me de ti, lembrar-me do que sentia quando estávamos juntos, simplesmente olho para o céu, acho que isto agora tornou-se um hábito, porque tu em tempos fizeste parte de mim, passaste para mim as tuas manias, os teus hábitos, a mania que tinhas de me acordar cedíssimo porque querias passear logo pela manhã, a maneira como tu te deitavas no meu colo enquanto víamos filmes durante a noite, já para não falar de como tu olhavas para mim quando querias atenção, quase fazias birras infantis, apenas por quereres um beijo ou um abraço meu. Não tinha qualquer intenção de o fazer, mas infelizmente, fi-lo, habituei-me a maneira parva que tínhamos de viver juntos, e infelizmente passei a ser dependente da maneira como tu me fazes sentir bem, tranquilo e feliz, da maneira sensual como me segredavas tudo o que te passava na cabeça, nessa cabeça louca e cheia de coisas depravadas, da maneira como me puxavas para a tua beira e me abraçavas com mais força de cada vez que alguma rapariga se aproximava de mim, chama-me o que quiseres, pensa o que quiseres também, mas estou tipo máquina, não consigo sair desta rotina, pareço um cão que se sente abandonado, e ignorante, espera o regresso do seu dono, pacientemente, e inutilmente, mas este velho cão espera inutilmente, por alguém que não vai voltar, por uma esperança perdida que simplesmente perdeu a chama, e isto é tudo culpa tua, sabes que mais? deixa este cão sozinho e sossegado, porque esta agonia, são apenas sentimentos apagados, que já não tem sentido nem razão de existir...

sexta-feira, 10 de junho de 2011

esperando quem nao existe..

estou aqui, numa rua cinzenta qualquer, sentado num canto da civilização, este sou eu, aqui sozinho, sem mais nenhum ser humano, apenas com o meu bloco de desenho, lápis, borracha, e um lenço para fazer sombras, e ouvindo a minha música favorita, e enquanto estou aqui sentado, daria tudo para ter alguém com quem ir, alguém para ter uma razão que me fizesse acordar todas as manhãs, ter uma rapariga que estivesse cheia de manias, que me irritasse de propósito, e profundamente com coisas insignificantes, que bebesse café duma maneira tão irritante que me pusesse os cabelos em pé, que me mandasse mensagens as 2 da manha, só porque não tem nada para fazer, e porque quer a minha atenção, que viesse ao meu encontro na escola, apenas para me dar um abraço, e dizer-me olá, que quisesse ir para a praia deitar-se na areia, sem fazer rigorosamente nada, que gostasse de gelados de menta, que gostasse de abraços mais do que beijos, me fizesse sorrir, e que me acordasse pela manhã apenas para me dar um beijo de bom dia, enquanto penso nisso dou por mim a pegar no meu bloco e no meu lápis, lápis todo mordido, e um bloco velho, que tem sido as minhas únicas companhias verdadeiras ao longo de todo este tempo, ao longo destes dias banais, nestas ruas cinzentas, dou por mim a desenhar os traços do tempo, quando dou por isso estou a divagar por estradas pelas quais nunca passei antes, oiço vozes desconhecidas, misturadas com a música que estou a ouvir, é ai que acordo. A música que ouvia acabou há algum tempo, talvez seja por isso que acordei, mas continuo a desenhar, mesmo sem o querer fazer, olhando para o vazio da folha de papel, ouvindo o som da chuva a cair, dos carros a passar, do lápis a raspar no papel, a cada traço sinto que o barulho fica mais intenso, talvez a loucura na minha cabeça esteja por detrás de tudo isto, talvez a espera esteja mesmo a pôr-me louco, talvez seja, porque estou à espera de alguém que não existe...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

o sol no oceano..

O oceano, o mar, seja como for que lhe chamem, sempre me intrigou muito, porque se mexe, porque é que tem ondas? e porque e que e azul? pergunto-me enquanto olho para as ondas a bater nas rochas, e ate para as ondas na praia, estou aqui sentado na areia, a pensar em como tudo acontece, o facto de apreciar o mar, talvez seja devido a ter passado óptimos momentos contigo perto desta enorme coisa azul, feita de agua, peixes, e magia, momentos que ficaram aqui presos na memória, e que não consigo deitar fora, por mais que tente, e enquanto estou aqui a divagar, o tempo passa,até que começa a escurecer, e sou acordado pelo por-do-sol, com os seus raios cor-de-fogo, que me hipnotizam, e me põem num estado de dormência mental, ali especado, fascinado, a olhar para a fusão de cores, a ver o sol beijar o oceano, a ver os opostos encontrarem-se, tal como nós dois, dois opostos juntos pelas razões mais erradas possível, e ali fico, sentado a ver esta enorme bola de fogo submergir neste gigantesco lago, fazendo com que eles dois desapareçam, deixando nada mais do que escuridão, é por isto que o sol e o mar me lembram de tu e eu, porque desde que te foste, não deixaste nada mais que escuridão, e aqui fico eu a ver o sol mergulhar no oceano, perguntando-me porque da escuridão, e esperando por mais um amanhecer..

terça-feira, 7 de junho de 2011

quase...

Que aconteceu entre nós? que raio se passou que foi assim tão fácil de esquecer para ti? anos passaram-se e as nossas memórias ainda me vêm ao pensamento, quero-te agarrar e guardar-te na mochila, para poder levar-te para onde eu quiser, para poder ter o teu abraço, do qual sinto tanta falta, lembro-me dos teus sorrisos parvos, com os óculos de sol, e das piadas que contavas, e dos nossos dias de verão, sozinhos em tua casa, deitados os dois no sofá a comer porcarias, a ver filmes lamechas, quando tu me roubavas o gelado e fugias, a rir, e corríamos os dois pela casa, a rir como dois malucos, até que finalmente te apanhava, e caímos os dois novamente no sofá e tu agarravas-te a mim e dizias tudo o que te ia nessa mente louca e perversa, e no fim dizias 'amo-te' e sorrias, de tal maneira que me deixavas sem resposta, é disso que sinto falta, das tardes passadas a beira-mar, tinhas sempre a mania irritante de me acordar quando adormecia, porque querias atenção, tinhas também a mania de me limpar a boca quando acabava de comer, mas sabes que mais tenho saudades dessas tuas manias, e da pior mania de todas, a de me fazeres apaixonar por ti, e de me fazeres lembrar de ti de cada vez que chega o verão...

domingo, 5 de junho de 2011

deixas-me louco...

quero estar contigo como dantes, rir, brincar, falar, aconchegar-nos um ao outro, fazer coisas estúpidas apenas para nos fazermos sorrir um ao outro, passei ontem pelo lugar onde te conheci, 4 vezes, com esperança, talvez estivesses a pensar no mesmo que eu, e talvez te encontrasse por lá, incrível que dois anos depois ainda penso em ti, penso que não te deveria ter deixado ir embora, e que deveria ter dito o que sentia, ainda tenho saudades de estar sentado num banco de jardim contigo, tu com a cabeça deitado no meu colo, a olhar-me directamente nos olhos, e fazer-mos brincadeiras tontas, como cócegas, e beliscões, adoro a maneira como comiamos chocolate os dois, como me atiravas pipocas, de como tu ias pela rua a atirar smarties ao ar, e tentando apanhá-los com a boca, também sinto a falta de como me acordavas pela manhã nos sábados quando ia dormir a tua casa, e da maneira que tu me apontavas o dedo e me chamavas para a cozinha, apenas para me dares um beijo, enquanto brincávamos os dois com a comida, não acredito que me apeguei a ti tão facilmente, foi tão simples tornar-me um bocado de ti, foi como se já soubesse tudo o que me ia no pensamento, antes de cada palavra, era como se já soubesses o que ia dizer, cada momento de silêncio, era como se soubesses tudo o que iria acontecer depois, era como se conseguisses ver o futuro, com uma palavra tu tiravas-me a seriedade toda, mas com uma abraço acalmavas-me e fazias-me sorrir, era como se lesses o meu pensamento, tal como um livro aberto mesmo a tua frente, encontrei hoje uma foto nossa, numa pasta que estava no meu PC e transferi-a para o telefone,e fui dar uma volta, até que parei e fiquei especado a olhar para aquela foto, era como se nos mexêssemos, era como se eu voltasse ao passado, e por breves instantes, conseguisse reviver todas aquelas sensações que sentia quando estavas comigo, mas de repente acordo, e eu aqui estou eu outra vez, no lugar onde te conheci, admito, sinto a falta de tudo o que passamos juntos, quero essas sensações outra vez, quero-as seja contigo, seja com outra rapariga qualquer que me faça sentir como tu fazias, como já disse, davas comigo em doido, e ainda o fazes : $

sexta-feira, 3 de junho de 2011

à procura...

Porque é que tem de ser assim? porque e que tenho de andar assim a tua procura? tantas vezes me pareceu que te encontrei, tantas vezes pareceu sentir o teu toque, e inúmeras vezes quase que juro que senti o teu perfume, muitas outras pareceu-me sentir as tuas mãos nas minhas, mas sempre que me viro, ou sempre que abro os olhos, nunca estás lá, apenas vejo o vazio da tua ausência, apenas vejo este maldito mundo que se impõe entre tu e eu, vejo o cinzento de um mundo sem a tua cor, para mim,um mundo sem ti, simplesmente congela, o meu mundo simplesmente pára de girar, e fico preso no tempo, acorrentado entre uma dimensão de saudade, e sofrimento, e a realidade, sem saber qual delas escolher, tenho tantas coisas a sair e a entrar na minha cabeça, mas tu estás sempre no meu pensamento, sempre que fecho os olhos e como se estivesses ao meu pé, um dia vou encontrar-te, encontrar a minha alma gémea, encontrar aquela pessoa que faz com que eu sorria só de olhar para o seu sorriso, encontrar a outra metade de mim, e ficaremos os dois, a viver a beira-mar, numa casa simples, e passar os Verões juntos, a fazer nenhum aos fins-de-semana, só nós dois.