domingo, 31 de julho de 2011

PS: preciso de ti...


Dia 31 de julho, de 2011, eram 20:04 quando comecei a imaginar, como qualquer outro ser humano, obvio que já imaginei uma vida com alguém, alguém de quem gosto ou gostei anteriormente, não sei porque mas a minha mente funciona sozinha, não a controlo quando se trata de imaginar, seja o que for, neste preciso momento começou a escurecer, o sol já se põe e começa a ficar frio, e desejava ter-te ao meu lado neste exacto momento, noutro lugar qualquer, desabitado, seja onde for, podiamos viver numa montanha, numa casa de madeira, só nós dois, eu teria um trabalho normal, tu terias um trabalho importante no exército, tal como sempre sonhaste, viveriamos uma vida feliz, só nós , com os nossos amigos a nos visitar durante o fim de semana, nos domingos acordaria antes de ti, levar-te-ia o pequeno-almoço à cama, iriamos para o alpendre, eu ficaria encostado a varanda, tu ficarias agarrada a mim, com a cabeça deitada no meu ombro, em silêncio profundo no meio do nada, de repente tu olharias para mim, tirar-me-ias o telefone, e escondê-lo-ias, depois correrias pela casa a fugir com o telemóvel, acabariamos os dois numa divisão ,ou na cozinha a brincar com comida abraçados e aos beijos, ou no quarto, ou talvez na sala, acabariamos deitados, e adormeceriamos os dois, no dia seguinte levantar-te-ias mais cedo do que eu, e acordar-me-ias com um beijo de bons dias.
À tarde, voltaria para casa, e chegaria antes de ti, faria o jantar, prepararia a mesa, e esperaria por ti, tu chegarias atrasada, sem fôlego, e à pressa, e eu estaria à tua espera, jantariamos juntos e passariamos o resto da tarde no sofá agarradinhos a ver um filme, e a comer todo o tipo de porcarias, ficariamos sem fazer nada, apenas agarrados, sem ligar a minima ao filme, nem à tv, ficariamos no nosso pequeno mundo, felizes.
Olho para o relógio, são 02:37, adormeci outra vez...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

multiplas faces..

O que eu sou.. muitos me chamam o excluido, o freak, o abandonado, o coitado, o triste, o emo, o deprimente ou deprimido, tantas descrições que ja perdi conta, mas a tua é provavelmente a mais importante, o que tu pensas de mim, o que imaginas sobre mim, talvez o que imaginas que eu poderia ser, até posso ser muitas coisas, mas o que importará mais e quase de certeza o que tu queres que eu seja, posso ser o que quiseres que seja, se precisares que esteja lá, eu estarei, se precisares descarregar, usa-me, porque aparentemente, tenho 1000 utilidades, seja ouvir desabafos, seja ouvir berros, seja para descarregarem frustrações ou raivas em mim, seja tudo e mais alguma coisa... portanto o que quiseres...fá-lo.. usa-me como um lenço de papel, ou como um copo de plático e segue o exemplo de toda a gente, e deita-me fora, como um pedaço de lixo usado, sem valor algum, um pedaço de universo apagado pelo tempo que está pronta a ser deitado fora.
Ou então guarda-me, como a tua recordação, a tua esperança de alguém decente, alguém que todos se recusam a conhecer, como se de uma aberração se tratasse, como se eu fosse a tua última oportunidade de algo normal, como se eu fosse a tua parede transparente, pela qual tu consegues ver tudo, conhecendo cada detalhe, cada lembrança, todas as expressões, sorrisos, tudo sobre mim, desde o meu gosto mais básico, até ao meu segredo mais profundo, quero que conheças a minhas 1001 caras, todas as minhas expressões, todas as reacções, tudo, apenas quero que não sejas comum, quero que saibas que sou diferente, e que gostes de mim pelo que sou...

domingo, 24 de julho de 2011

memorias num papel...

Sustenho a respiracao, fecho os olhos, e sento-me num canto da minha varanda, com os meus phones no maximo, sempre consigo desviar a minha atenção da tua imagem cravada no meu cerebro, mas nem isso consigo fazer, todas as músicas me lembram de ti, até a música se virou contra mim, ironicamente, até pestanejar magoa, porque cada vez que fecho os olhos vejo-te, mesmo a minha frente, mesmo que seja por uma fracção de segundo, preciso do teu sorriso parvo, quero-o agora, vou ser egoista e vou querer-te so para mim, quero-te segurar junto a mim, para mais ninguém te levar para longe, para que ninguém te possa roubar, agora nada é igual a antes, mudaste-me o pensamento, tu mudaste-me no interior, arrumaste as minhas memórias para um canto como se de livros velhos se tratassem, numa caixa velha de cartão, e fizeste-me ver quais eram de facto importantes.
E enquanto o tempo passa, eu fico aqui sentado, feito estatua, com a tua imagem na minha cabeca, como um disco riscado que nos obriga a ouvir sempre a mesma música, até que, quase que por puro reflexo pego num lápis e num bloco velho que encontrei na minha gaveta, e a minha mão começa a mover-se sozinha, com uma extrema facilidade sobre o papel, e desenho após desenho, é como se controlasses a minha vontade, os meus movimentos, porque sai sempre algo que me lembra de ti, algo que me faz voltar à estaca zero, sai sempre algo que me faz entrar num estado de dormência, sem conseguir sentir, sem conseguir respirar, sem conseguir pensar correctamente, e aqui estou eu, sem conseguir viver, sentado num canto da minha mente, a ser controlado por uma imagem tua cravada no meu cerebro...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

miragem num espelho...

São 17:46, quando cheguei a casa, está tudo calmo, e escuro, como se tudo estivesse morto, o espelho não mostra o meu reflexo, apenas reflecte o quarto vazio, sem mim, é como se eu não existisse, como se o espelho fosse um mundo paralelo sem a minha existência nele, de repente, talvez por mera partida da minha mente, talvez por alucinação, ou loucura, vejo o teu reflexo no espelho, sinto o toque da tua mão na minha, gosto de sentir-me observado por ti, quero ser o centro da tua atenção, mas não sei porque, por azar talvez, infelicidade do destino, ou por outra razão qualquer que não o sou, sinto-me como se estivesse a lutar por uma causa ja perdida, a tentar reavivar algo que nunca esteve vivo, e estou partir-me aos bocados, e a desaparecer aos poucos enquanto o faço, preciso de ti, mas não posso sentir a tua falta, sinto-to cada vez mais longe, a cada segundo que passa, a tua imagem desvanece cada vez mais, é então que me dou conta que comecei a divagar, à minha frente, o meu reflexo no espelho, sem o teu ao lado.


são 18:53, estou sentado na relva a olhar para um lugar ao calhas, sem prestar atenção á minima coisa, estou a ficar cada vez mais louco, e mais paranóico, sem ti aqui a loucura afecta cada vez mais a minha cabeça, quero sentar-me ao teu pé, e quero ouvir tudo o que tens para me contar,quero ouvir tudo o que vai dentro dessa mente louca e perversa, quero ser parte dessa loucura, quero ter a tua atenção, porque a face que eu conheco de ti está a desaparecer, como que uma neblina por ela passasse, como se o meu pensamento bloqueasse de cada vez que penso em ti, e os dias parecem seculos quando não estás, não sei como dizer-te que sinto a tua falta... (dedicado à Nicola)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Will try to fix you

Não sei o que se passa contigo, nem sei ha quanto tempo estás assim, já não sei quem tu és, congelada no tempo, como que invadida por uma frieza subita que faz parar todos os teus sentimentos mais profundos, todas as tuas sensações mais intensas, quanto mais penso nisso mais me vem à cabeça a imagem de uma boneca partida, com a face rachada, sorrindo, mas estás em ruinas, e não sei porque, mas o sofrimento parece ser o teu único amigo, mas quanto mais te vejo respirar, mais quero reparar-te, mais te quero consertar, reparar esse teu coração morto, e dar-lhe uma nova vida talvez por uma esperança estúpida e inocente de te ver sorrir verdadeiramente outra vez, talvez por vontade de ver-te feliz, em vez de ver o teu sorriso frio e morto, deixa-me ser eu a tentar fazer-te viver novamente, porque te quero comigo, quero voltar a mudar-te para ter-te de volta, para voltar a ter algo que me faz tanta falta, e que me tem faltado durante todo este tempo, esse algo é o teu sorriso, porque esse sorriso parvo é o que me contagia, é algo que me ilumina, como um raio de luz durante uma tempestade, uma luz ao fundo do túnel, és tu, tudo o que fazes, faz-me querer fazer-te feliz, e tirar de ti essa solidão, que te mata aos poucos, que te torna numa pessoa completamente desconhecida e diferente, quero por-te tal e qual como estavas antes, apenas para poder ver o teu sorriso, para ver a minha felicidade reflectida na tua..(Este texto é dedicado a Nicola Marques, adoro-te muito e não quero que mudes nunca :)..)