domingo, 24 de julho de 2011

memorias num papel...

Sustenho a respiracao, fecho os olhos, e sento-me num canto da minha varanda, com os meus phones no maximo, sempre consigo desviar a minha atenção da tua imagem cravada no meu cerebro, mas nem isso consigo fazer, todas as músicas me lembram de ti, até a música se virou contra mim, ironicamente, até pestanejar magoa, porque cada vez que fecho os olhos vejo-te, mesmo a minha frente, mesmo que seja por uma fracção de segundo, preciso do teu sorriso parvo, quero-o agora, vou ser egoista e vou querer-te so para mim, quero-te segurar junto a mim, para mais ninguém te levar para longe, para que ninguém te possa roubar, agora nada é igual a antes, mudaste-me o pensamento, tu mudaste-me no interior, arrumaste as minhas memórias para um canto como se de livros velhos se tratassem, numa caixa velha de cartão, e fizeste-me ver quais eram de facto importantes.
E enquanto o tempo passa, eu fico aqui sentado, feito estatua, com a tua imagem na minha cabeca, como um disco riscado que nos obriga a ouvir sempre a mesma música, até que, quase que por puro reflexo pego num lápis e num bloco velho que encontrei na minha gaveta, e a minha mão começa a mover-se sozinha, com uma extrema facilidade sobre o papel, e desenho após desenho, é como se controlasses a minha vontade, os meus movimentos, porque sai sempre algo que me lembra de ti, algo que me faz voltar à estaca zero, sai sempre algo que me faz entrar num estado de dormência, sem conseguir sentir, sem conseguir respirar, sem conseguir pensar correctamente, e aqui estou eu, sem conseguir viver, sentado num canto da minha mente, a ser controlado por uma imagem tua cravada no meu cerebro...

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