sexta-feira, 12 de agosto de 2011

inexplicável..



meditação, não faço ideia do que isso é, dizem ser bom para o ser humano, nunca experimentei, não sei, talvez me ajude a relaxar, talvez me incomode, talvez seja como quando me sento no relvado a olhar para o ceu as 4 da manha num sabado, penso sobre tudo e sobre nada ao mesmo tempo, olhando para uma estrela que pode ja nem estar la, uma estrela que provavelmente desapareceu, consumida pela imensidao do universo, tal como eu, que fui tambem consumido pela imensidão desta civilização cinzenta, e morta pela sua própria cultura, e pela sua própria existência, mas entretanto começa a chover, e eu aqui sentado, a pensar, fecho os olhos e vejo silhuetas, vejo como se estivesse com os olhos abertos, uma visao? miragem? sonho? nao faço a mais pequena ideia do que isto é, mas vejo chuva, a cair, claramente como se estivesse de olhos o mais abertos possivel, e vejo as silhuetas de algo que se assemelha a seres humanos, a moverem dum lado para outro, como que a tentar encontrar algo, como que perdidos, estou a ficar cada vez mais encharcado, oiço as gotas a cair desde o telhado, sinto cada gota no meu corpo, invejo as borboletas, vivem em liberdade, quem me dera sentir assim, em vez de estar aqui preso neste corpo, com todas estas limitações e fragilidades, com estes medos e precauções, sem liberdade como um pássaro preso numa gaiola, seja ele qual for, irá tentar fugir, por mais que não o demonstre, o seu instinto irá levá-lo sempre para fora dessa jaula que o prende, tal como eu, excepto que ainda não encontrei a saída desta civilização que me prende, desta humanidade doentia e bizarra, que faz tudo para me transformar num deles, e que tentam a todo o custo que eu seja mais uma aberração, mais um ser repulsivo, mais um ser cinzento, sem brilho, consumido pela minha própria existência, mas não, nem pensar, eu serei um ser diferente, algo de novo que nunca ninguem viu, um ser que já encontrou tudo o que os outros procuram, mas que quer encontrar tudo com o que os outros apenas sonham. Um ser que irá tornar-se algo simples mas ao mesmo tempo complexo, para além da compreensão destes seres humanos obsoletos, e repulsivos.

Sem comentários:

Enviar um comentário