sábado, 27 de agosto de 2011


A tua presença ainda paira no ar, ainda está aqui o teu cheiro, como se simplesmente desapareces no ar, ainda entraste sem eu saber e saiste sem eu querer, e deixaste-me aqui a precisar de ti, sem conseguir respirar, como se me estivesse a afogar, como se eu estivesse, simplesmente a ver alguém me sofucar, sem sequer oferecer resistência, sem querer oferecer resistência, talvez por loucura, é porque todo o ser vivo quando a ser sofucado luta para sobreviver, mas será que sou o unico que nao quer sobreviver neste maldito mundo? no meio de seres que se dizem superiores? neste mundo cinzento que perdeu a cor durante todos estes seculos, entre um mundo cinzento, e um universo desconhecido, preferia viver la fora, no vazio, sem dor, sem nada de nada, só eu, e os meus pensamentos e memórias, viajando através das estrelas, vendo-as morrer, e nascer novamente, tendo-as como minhas únicas amigas e companheiras, sem me apaixonar por elas, sem que estas me magoem, sem nada de sensações, sem mais do que os olhos conseguem ver, sem pensamento lógico, sem raciocinio, nada, quero apenas isso um lugar onde nada se sinta, onde não se sinta dor, onde nao haja nenhum destes seres que me rodeiam que me querem tornar num deles, tornar no que eles definem como normal, mas no que eu acho totalmente repulsivo, e assustador, e nisto tudo, eu sufoco, e morro, mentalmente, torno-me num corpo vazio, sem cor, cinzento, tal como este mundo, morri por dentro, cerebro, coracao, tudo, apenas os meus musculos se mexem controlados por uma vontade estranha e desconhecida de encontrar algo, algo diferente, algo que todos apenas sonham em encontrar por isso continuo, vagueando pelos confins da minha mente vazia e negra. Apenas imaginando a tua miragem ao fundo da estrada, e continuando, movido por ti.

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